Chile II - Viagem ao Redor do Mundo do Vinho, 2007

O que segue nos próximos relatos e fatos é exatamente o que inclui em meu blog anterior: http://wineworld.spaces.live.com/
A idéia de trazer para este novo espaço é para manter as informações em um lugar somente.
Não revisei ou alterei nenhum comentário ou idéia, pois creio que cada experiência tem seu momento particular.
Talvez hoje tivesse outras opiniões sobre alguns assuntos, mas, aquelas que aqui reproduzo pertencem a aquele tempo.
Nesta 6ª parte relato minha primeira experiência no Vales de Colchagua e Central - Chile, em março de 2007.

Voltei ao Chile com o entusiasmo de encontrar muitas vinícolas as quais visitar em os meus poucos dias restantes na América Latina. Porem, para minha decepção, quanto do cheguei à cidade de Curicó, descobri que as vinícolas não aceitam visitas sem a reserva de no mínimo um dia de antecedência, sendo a una opção Miguel Torres.

Aceitei minha falta de sorte combinada com a consciência de um melhor planejamento e decidi ficar na cidade naquele dia, fazer a visita e tentar a sorte em outra localidade no dia seguinte, que para dar não dar uma mãozinha ao azar, tratei de fazer todos os contatos possíveis com antecedência.

MIGUEL TORRES

Chegar a Vinícola é fácil, basta tomar um ônibus local no centro de Curicó, no Vale Central, e em 10 minutos se esta na localidade.
Não ha necessidade de reserva – eis porque eu consegui a visita... e eles tem uma ótima visita guiada que inicia a cada hora com um vídeo corporativo. A família Torres tem tradição vinícola que trouxe da Espanha para o Chile em 1979.
O investimento na região é alto e o próprio Dom Miguel Torres Carbo, proprietário e fundador, faz questão de participar de momentos importantes das atividades.
Ele também é um ativo participante e promovedor da Festa da Vindima da cidade (que este ano ocorreu uma semana depois da minha visita: 23-25/03).
A produção é muito variada e para tal, recebe uvas provindas de várias regiões do país, onde a vinícola possui propriedades.
Entre os vinhos esta uma produção orgânica do Cabernet Sauvignon, denominada Tormenta, que atende principalmente o Mercado Norte-americano e Europeu.
A visita é muito instrutiva e o grande diferencial das outras vinícolas e, que pode-se visitar um “jardim de variedades” de onde pode-se colher exemplares de espécies de uvas utilizadas para sua produção (Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Chardonay, Gewrztraminer, Riesling, Merlot, Shiraz, Carmenere, Pinot Noir) e se ter noção do que o vinho no seu estagio mais primitivo: ainda em cápsulas...



Com uma meia-garrafa comprada, condizente com minha condição de degustadora-solitária-viajante, voltei ao albergue de Curicó para minha última e única noite na pequena cidade.

Novo dia, nova aventura pelo mundo do vinho, desta vez no Vale do Colchagua.

VIU MANENT
Após chegar de ônibus desde Curicó, deixei minha bagagem no centro de informações turísticas de Santa Cruz e parti a explorar a localidade e, comprar meu bilhete de volta a Santiago.
Peguei um ônibus local e depois de 15 minutos de jornada, cheguei às proximidades da vinícola. Em um sol escaldante do meio-dia do interior do Chile, no Vale do Colchagua, caminhei por mais 15 minutos para chegar a vinícola.
Viu Manent tem uma propriedade bonita e atrativa aos visitantes e conta com uma charrete para locomoção – muito bem-vindo no ensolarado dia.
Percorrem-se os vinhedos e a primeira parada da charrete dá-se na vinícola, em prédio distante do de onde se concentram o suporte de serviços (restaurante, loja, cafeteria, sala de degustação). Após uma visita bem organizada e comentada, subimos na charrete para mais uma pequena viagem até a sala de degustação.
Dos vinhos apresentados, o que mais me chamou atenção foi um Sauvigon Blanc, denominado Secreto, que tem como base a uva que lhe da nome (85%) e o restante é segredo... O vinho tinha característica muito similares as encontradas nos vinhos da mesma casta de Marborough, Nova Zelândia. O que não é mero acaso, pois o enólogo que o formulou é justamente... kiwi.




Foi um ótimo passeio, um bom exemplar da produção chilena e uma ótima iniciação ao estilo neozelandês!
Próxima parada: do outro lado do mundo!

Até breve América Latina!
Marcia Amaral