-->Durante minha residência em Mendoza-Argentina (2009-2010) eu tive a oportunidade de me envolver de distintas atividades relacionadas ao negócio do vinho. Uma das mais gratificantes foi participar, no segundo semestre de 2010, como degustadora de um estudo realizado pelo INV (Instituto Nacional de Vitivicultura), cuja sede nacional é naquela cidade.
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Éramos um grupo de degustadores, 10 pessoas ao total (4 homens e 6 mulheres), que com exceção de mim, a única pessoa estrangeira era um sommelier peruano.
Participamos de um processo de seleção e após integrarmos o grupo tivemos 45 horas de treinamento para só então dedicarmos 16 horas ao estudo, do qual não tínhamos idéia do que se tratava naquele momento, pois o desconhecimento era fundamental para a imparcialidade da investigação.
Os trabalhos foram de grande qualidade técnica em uma excelente atmosfera, conduzidos por Ana Carla Aruani e, sob a supervisão e apoio de Claudia Inés Quini*, ambas do Departamento de Estudos Enológicos e Sensoriais do INV.
O objetivo era estabelecer um perfil sensorial do Malbec nas distintas regiões argentinas. Algo como uma diferenciação sensorial do Malbec por terroir argentino.
A idéia inicial vislumbrava aos estilos mais comerciais, porém durante a pesquisa, observou-se que as conclusões se aplicavam inclusive aos vinhos de qualidade mais elevada.
Além de características de aroma (ameixa, frutas vermelhas, pimenta branca, pimenta negra e floral), também analisamos os atributos de gosto (acidez, adstringência, amargor) e cor (variações de vermelho e púrpura), onde as conclusões mais importantes estão demonstradas nas figuras que seguem.
As conclusões deste trabalho foram apresentadas recentemente, pela própria Ana Carla Aruani, no XXXIV WORLD CONGRESS OF VINE AND WINE, sediado este ano em Portugal, que se encerrou ontem (27/06/2011).
O material de estudo me foi gentilmente cedido pelo INV e aos que tiverem interesseem conhecê-lo na integra, por favor, entrem em contato.
Saúde! Salud!
Saúde! Salud!