Degustados: Tintos em Destaque


As anotações que seguem não têm pretensão alguma de formarem um guia. Elas são nada mais que notas feitas na Expovinis 2012, durante a minha degustação no stand da importadora Portus Cale. Inclusive boa parte das informações dos vinhos são oriundas de outras fontes, com exceção das "Minhas anotações", onde, em algumas delas, destaco meus vinhos preferidos com três estrelas (***).
Se elas forem úteis a alguem mais além de mim mesma, ótimo!




JP Azeitão Tinto 2010
Região : Vinho tinto Regional Península de Setúbal
Castas: 70% Castelão, 20% Aragonez, 10% Syrah
Álcool: 13% Vol.
Vinificação: As castas são vindimadas separadamente, utilizando uma vinificação tradicional, com macerações curtas, fermentações a temperatura controlada para permitir a retenção dos aromas frutados, visando um estilo moderno, cheio de fruta, muito agradável quando consumido jovem.
Estágio: Sem estágio em madeira.
Minhas anotações: Com o predomínio da casta Castelão (também conhecida por Periquita) é um vinho concentrado, aromático e com taninos bem marcados.



Quinta dos Loridos Tinto 2008
Região: Vinho tinto Regional Lisboa
Castas: Merlot e Castelão
Álcool: 14% Vol.
Vinificação: As uvas da casta Merlot e Castelão amadureceram e foram vindimadas em plena maturação. Seguiu-se uma fermentação clássica, lenta e controlada e, posteriormente, um fim de fermentação em barricas de carvalho francês, contribuindo para a excelente integração dos aromas e sabores da uva e da madeira.
Minhas anotações: Um bom vinho e uma excelente opção para quem busca algo mais econômico da Bacalhôa.


Meia Pipa Tinto 2008
Região: Vinho Regional Península de Setúbal

Castas: 34% Castelão, 33% Cabernet Sauvignon e 33% Syrah

Álcool: 14% Vol.

Vinificação: A casta Cabernet Sauvignon é proveniente de vinhas localizadas nas colinas de Azeitão, onde o "terroir" especial e o clima propiciam condições para um lento e longo período de maturação, obtendo-se assim vinhos elegantes e complexos. As três castas foram vinificadas separadamente, usando um método tradicional, e mantidas à parte até à criação do lote final. 

Estágio: 11 meses em meias-pipas de carvalho francês Allier.


Minhas anotações: Equilibrado, elegante, este vinho se beneficiaria de alguns anos de guarda. 

Tinto da Ânfora Tinto 2008
Região: Vinho Regional Alentejano
Castas: 50% Aragonez, 20% Trincadeira, 20% Touriga Nacional e 10% Cabernet Sauvignon
Álcool: 14% Vol.
Vinificação: Após uma vinificação separada de cada casta e vinha, com uma tecnologia de vinificação tradicional, usando cubas de fermentação de pequena capacidade, o vinho foi loteado e estagiado, durante 12 meses, em barricas de carvalho francês e americano.
Estágio: 12 meses em barricas de carvalho, 30% com um ano de uso.
Minhas anotações: Complexo, equilibrado em taninos e acidez.


San Giuseppe 2006 – DOC
Região: Morellino di Scansano, Magliano, Toscana
Castas: 85% Sangiovese, 15% Cabernet Sauvignon/Canaiolo Nero
Vinificação: Vinhedos nas colinas, com estrutura de solo vulcânico de tufo calcário. 
Vinificação tradicional em tanques de aço inox.
Após a vinificação, o melhor vinho de Morellino é selecionado e se transforma no San Giuseppe.
É envelhecido por seis meses em pequenas barricas de carvalho francês, seguido de vários meses de envelhecimento em garrafa.

Minhas anotações: Com características de alcaçuz, mesmo com 6 anos de idade apresenta taninos e acidez marcantes.



Quinta da Bacalhôa Tinto 2008
Região: Vinho Regional Península de Setúbal
Castas: 90% Cabernet Sauvignon e 10%Merlot
Álcool: 14,5% Vol.
Vinificação: Após uma fermentação dos vinhos elementares, durante uma semana, a temperatura controlada, seguiu-se um período de "cuvaison" (maceração pelicular pós-fermentativa) de sete dias.
Estágio: Com uma selecção criteriosa, contemplando numerosas provas e análises, criou-se o lote final que estagiou em barricas novas de carvalho francês durante 12 meses.
Minhas anotações: *** Já é um clássico e a procura por ele é grande.  É um vinho muito complexo nos aromas, sutil, tanino presente mas agradável.


Le Sentinelle 2005 – DOC

Região: Morellino di Scansano, Magliano, Toscana
Castas: 85% Sangiovese, 15% Alicante
Vinificação: Vinhedos nas colinas, solo calcário.
Vinificação tradicional em pequenos tanques de aço inox com longa maceração.
Estágio: Descansa 20 meses em barris de carvalho francês, seguido de vários meses de envelhecimento em garrafa.
Minhas anotações: *** Vinho complexo em aromas e na boca, características de alcaçuz e com lágrimas persistentes.



Má Partilha Tinto 2007
Região: Vinho Regional Península de Setúbal
Castas: 100% Merlot
Álcool: 14,5% Vol.
Vinificação: Inteiramente produzido com a casta Merlot, em solos argilo-calcários, de uma vinha localizada nas encostas suaves de Azeitão. 
A localização da vinha, o seu solo e as condições climatéricas da zona da Arrábida permitem a obtenção de uvas desta casta com forte personalidade local. 
Estágio: 16 meses em barricas novas de carvalho francês Allier. A posterior maturação prolongada nas mesmas barricas garantiu uma complexidade de palato complementar.
Minhas anotações: *** Vinho muito complexo, com muitas lágrimas, que necessita de tempo para abrir. Apresenta um excelente equilíbrio, tem o tanino presente mas com elegância. Seu retrogosto é marcante e a persistência em boca é longa.





Só Syrah Tinto 2007
Região: Vinho Regional Península de Setúbal
Castas: 100% Syrah
Álcool: 14,5% Vol.
Vinificação: As práticas vitivinícolas adotadas e o "terroir" aqui encontrado, permitiram obter baixas produções de uvas desta casta com elevadíssima qualidade. As uvas ricas em aromas, taninos e cor foram vinificadas utilizando um método clássico de vinho tinto de guarda.
Estágio: 17 meses em barricas novas de carvalho francês Allier (70%) e americano (30%).

Minhas anotações: *** Vinho muito exuberante, bem ao estilo "Novo Mundo".




Só Touringa Nacional Tinto 2007
Região: Vinho Regional Península de Setúbal
Castas: 100% Touriga Nacional
Álcool: 14% Vol.
Vinificação: Vinificado exclusivamente com uvas das vinhas dos Casais da Serra, localizadas no meio da Serra da Arrábida.
O terroir desta vinha de excepção permite colher uvas desta casta que, ano após ano, se têm destacado pela sua qualidade, originando vinhos que aliam potência e elegância.
As uvas ricas em aromas, taninos e cor foram vinificadas utilizando um método clássico de vinho tinto de guarda.
Estágio: 18 meses em barricas novas de carvalho francês Allier e americano, na colheita de 2006.
Minhas anotações: Vinho bem ao estilo "Velho Mundo".

Taylor's First Estate Reserve Port
O First Estate é um lote formado por vinhos tintos jovens e encorpados provenientes da zona do Cima Corgo, que depois são envelhecidos durante vários anos em cascos de carvalho, onde suavizam e amaciam.
Minhas anotações: Excelente acidez. Álcool com presença marcante.

Nota: O Vinho do Porto Reserva é produzido a partir de uvas selecionadas de grande qualidade, e tanto pode ser branco como tinto. Em geral, ficam até sete anos em maturação dentro da madeira, sendo depois engarrafados. Estes vinhos devem ser tratados da mesma forma que os standard, isto é, não envelhecem dentro da garrafa (por isso, esta deve ser mantida sempre na vertical) e após a sua abertura podem ser consumidos num prazo não superior a seis meses. Os Reservas têm a particularidade de poderem ser bebidos quer como aperitivo quer como vinho de sobremesa. Caso escolha beber antes das refeições, aconselha-se a que se sirva fresco, mesmo tratando-se de um reserva tinto.



Taylor's 10 anos
Embora mais conhecida pelos seus lendários vinhos do Porto Vintage, a Taylor´s é também um dos produtores mais respeitados de tawnies. 
Este estilo de vinho do Porto envelhece em cascos de carvalho velhos, cada um com cerca de 630 litros de capacidade. Ao longo de muitos anos de envelhecimento, o vinho adquire gradualmente a sua característica cor âmbar-aloirada ("tawny"). 

Minhas anotações: *** Uma delícia, especialmente com chocolate. 

Nota: Como o próprio nome indica, estes vinhos envelhecem dentro de cascos de carvalho durante mais tempo do que os normais três anos. Existem, assim, os Tawny 10 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos, sendo que quanto mais velhos eles forem, mais claras se tornam as suas cores e mais complexos e licorosos ficam os seus sabores: mel, canela, chocolate, madeira... O rasto deixado por estes vinhos na boca do provador é inconfundível. Os Tawnies envelhecidos encontram-se entre os vinhos do Porto mais caros do mercado.


Taylor's Late Bottled Vintage Port
A Taylor’s criou o estilo de vinho do Porto Late Bottled Vintage. Elaborado a partir de vinhos da mesma colheita, o LBV envelhece de 4 a 6 anos em madeira e está pronto para ser consumido logo após o engarrafamento. O concentrado aroma de frutas e seu estilo firme fazem desse vinho o Porto ideal para acompanhar sobremesas à base de chocolate e queijos azuis.
Minhas anotações: *** Muito sutil, elegante, equilibrado. RP achou que valia 100.

Nota: Ambos, o vinho do Porto Vintage e o LBV, consistem numa seleção de vinhos do Porto tintos encorpados e de excelente qualidade provenientes de um único ano. A diferença fundamental entre os dois estilos reside na forma como cada um é estagiado. O Porto Vintage estagia em madeira por apenas cerca de 20 meses, sendo depois transferido para a garrafa onde continuará a envelhecer. O Late Bottled Vintage, como o nome em inglês o sugere, é engarrafado mais tarde, permanecendo em madeira entre quatro a seis anos. Durante este período de tempo relativamente longo de envelhecimento em madeira, um LBV amadurece e ”arredonda-se”. Está pronto para beber logo após o engarrafamento, não precisa ser decantado e pode ser consumido depois de várias semanas de a garrafa ter sido aberta.

Fonte de Consulta:
http://www.portuscale.com.br/vinhos/vinhos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho_do_Porto
http://www.taylor.pt/