Acredito que a oportunidade que o vinho nos dá de viajar e conhecer culturas e lugares diferentes, inclusive sem sair do lugar, é grande aprendizado cultural.
Também acho que degustar vinho é uma atividade sensorial e intelectual, além de muito prazerosa, e que esta experiência se intensifica ainda mais quando o vinho nos instiga a desvendar todas suas nuances e descobrir mais de seus mistérios.
Pois veja bem, eu não sou a única!
O fundamento destas ideias foi abordado pelo neurocientista da Universidade de Yale (EUA), Gordon Shepherd, em seu livro "Neuroenologia: Como o Cérebro Cria o Sabor do Vinho."
O autor do livro menciona que desde a primeira olhada na garrafa até o passear do vinho pela boca e depois o engolir, há uma enorme atividade sensorial e sistemas do cérebro central envolvidos em uma degustação de vinhos.
O autor do livro menciona que desde a primeira olhada na garrafa até o passear do vinho pela boca e depois o engolir, há uma enorme atividade sensorial e sistemas do cérebro central envolvidos em uma degustação de vinhos.
Segundo o neurocientista, todos esses processos juntos envolvem mais atividade cerebral do que ouvir música ou resolver um problema de matemática complicado.
O livro explora todos os muitos e complicados processos neurológicos envolvidos na degustação e apreciação do vinho, incluindo a avaliação visual da garrafa e do vinho na taça, e a interação entre o líquido, oxigênio e saliva na boca - envolvendo movimentos complexos de mandíbula, língua, diafragma e garganta.
De acordo com Shepherd, as moléculas no vinho estimulam milhares de receptores de sabor e odor enviando um sinal de sabor ao cérebro que desencadeia computação cognitiva maciça envolvendo reconhecimento de padrões, memória, julgamento de valor, emoção e prazer.
Ao contrário de um problema de matemática - que exige uma quantidade limitada de atividade do cérebro - avaliar o vinho envolve múltiplos sistemas sensoriais, incluindo ver, cheirar e provar.
As descobertas de Shepherd vêm depois que um estudo foi relatado em setembro passado no jornal 'Frontiers in Human Neuroscience', argumentando que os Masters Sommeliers requerem tanta agilidade mental para fazer suas avaliações que a parte sensorial de seus cérebros se torna fisicamente mais espessa.
Que tal exercitar o cérebro degustando um bom vinho?!
Saúde!
Crédito da Imagem:https://media.npr.org/assets/img/2017/03/29/winebrain_final_wide-d1f7a954e2e6c125980644d4718dac924de88f86-s900-c85.jpeg